“Todos temos uma jornada diferente. Portanto, posso dizer que minha jornada não começou sendo uma cientista e, então, conclui pelas maravilhosas descobertas da ciência que deveria haver um Deus de fato. Eu cresci em uma família cristã que honrava a Deus, e eu senti e experimentei amor naquela família e na igreja. Senti uma consistência entre o que era ensinado e vivido. Muitas pessoas não tiveram essa experiência, mas eu tive. Assim, também fui encorajada pelo mesmo grupo de pessoas a utilizar meus interesses para ir adiante. Eu amava ciência, amava estudar a natureza, amo animais e o espaço. Eu costumava assistir na televisão alguns programas do Carl Sagan, em que ele ensinava a olhar o cosmos e, especificamente, falava muito sobre essas luas que estavam ao redor de outros planetas e o sistema solar. Nós estávamos enviando essas sondas, as sondas pioneiras, e a NASA estava participando para fotografar esses planetas e luas. Foi a primeira vez que estávamos conseguindo uma visão aproximada de outros mundos, estávamos vendo luas cobertas de gelo e outras com vulcões, todos os tipos de coisas interessantes. Minha imaginação fluiu. Como seria ir até lá? Como seria se você pudesse caminhar por essas luas e somente explorar? Fiquei muito animada sobre o espaço. Cresci em uma fazenda, então você podia ficar do lado de fora à noite e ver estrelas de um horizonte ao outro. Quase todo entardecer, meus pais e eu caminhávamos com nossos cachorros até a estrada campestre, eles ficavam conversando e eu apenas observava o céu, olhando as estrelas e pensando “quais estrelas poderiam ter planetas” e realmente ficando animada.
Havia sempre uma coesão entre amar Deus e estar entusiasmada com a natureza, porque tudo fazia parte da criação de Deus.
Quando me tornei uma estudante mais avançada, decidi entrar em uma academia, decidi uma universidade para estudar física, pois era uma ciência básica que percebi que poderia ser aplicada a muitas ciências e muitas engenharias.
“Como exatamente se faz fé em Deus?”
Eu havia experienciado pessoalmente a fé em Deus, vindo a entender o amor de Deus e o que significava ser perdoada. Esses princípios são sido ensinados através do Cristianismo, que há necessidade de entregar a vida para seguir Jesus Cristo, eu já tinha entendimento de tais princípios. Agora que eu estava aprendendo na universidade, fui ao MIT (Massachusetts Institute of Technology), estudando física, a questão se tornou o que significava estudar cada vez mais sobre a complexidade do universo como cristã. Nunca tive algum tipo de questão filosófica, não houve um conflito interno, tive que reformular o meu entendimento da magnitude do trabalho de Deus enquanto aprendia cada vez mais sobre a vastidão do universo e sua evolução – as mudanças ao longo do tempo, é absolutamente inspirador.
Quando se percebe quantas galáxias existem, pode soar banal, mas há centenas de bilhões de galáxias e centenas de bilhões de estrelas em cada. Quando se começa a observar as imagens de galáxias do Telescópio Hubble Space, entre outros, e apenas estimando a verdadeira magnitude do universo, a experiência deveria continuar nos deixando de “queixo caído”. Tive que começar a avaliar que, na verdade, o Deus que eu continuamente amava e adorava havia estado trabalhando por um tempo extenso, esculpindo esse universo que vivemos e, ainda assim, eu continuava a experienciar esse mesmo Deus, compreendendo melhor seu labor, trabalhando nas vidas individuais similarmente de acordo com as Escrituras, ensinando que as pessoas realmente tem um problema com pecado, que há ódio, o mal, que há algo como o ‘certo’ e ‘errado’, que há coisas que as pessoas fazem que são claramente cruéis, e que há algo como o amor.
Esses conceitos não são quimicamente construídos no cérebro humano, mas são experiências genuínas que temos, e as pessoas podem genuinamente ter um relacionamento pessoal com Deus. Eu estava experienciando tudo isso simultaneamente e nunca tive um conflito com tais temas. Entendo que há pessoas que sofrem, mas o meu caminho não teve um conflito filosófico com o assunto, mas me permiti crescer em entendimento ao descobrir mais sobre o mundo”.
Testemunho colhido no canal do Youtube Test of Faith
Jennifer J. Wiseman é astrofísica, autora e palestrante. Ela estuda a formação de estrelas e planetas em nossa galáxia usando telescópios de rádio, infravermelho e ópticos. A Dra. Wiseman é bacharel em física pelo MIT, descobrindo o cometa Wiseman-Skiff em 1987. Depois de obter seu Ph.D. em astronomia pela Universidade de Harvard, em 1995, ela continuou sua pesquisa como Jansky Fellow no National Radio Astronomy Observatory e como Hubble Fellow na Universidade Johns Hopkins.
A Dra. Wiseman também tem interesse em políticas nacionais sobre ciência e serviu como Congressional Science Fellow na American Physical Society em Capitol Hill. Atualmente é astrofísica sênior da NASA e também dirige o programa DoSER – Diálogo sobre Ciência, Ética e Religião da Associação Americana para o Avanço da Ciência. (AAAS) Dra. Wiseman gosta de dar palestras sobre a empolgação da ciência e da astronomia para escolas, grupos juvenis e religiosos e organizações cívicas. Ela é ex-conselheira da American Astronomical Society e ex-presidente da American Scientific Affiliation (ASA).
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