Pedagogia Cristã: Teoria e Prática

Há uma forma cristã de abordar o ensino e a aprendizagem? Como professores cristãos podem atuar em contextos não cristãos? Como pensar os fundamentos da prática pedagógica, nos mais variados contextos, a partir dos princípios cristãos? É possível desenvolver estratégias pedagógicas em consonância com as perspectivas cristãs? 

Reflexões sobre educação cristã são fundamentais e há produções e traduções interessantes no Brasil. Porém, parece que, em grande medida, falta uma aproximação mais consistente entre a robusta filosofia educacional cristã e a prática do cristão docente. Esta falta de integração tem deixado muitos professores cristãos ansiosos, e um tanto, embaraçados em tentativas e erros, experimentos, ou quando não, simplesmente são absorvidos pelas demandas objetivas do ensino, ignorando completamente sua confessionalidade ou reduzindo-a à memorização de versículos ou práticas devocionais. A escola confessional não pode ser uma escola dominical de todos os dias, mas também, deve resistir a forças secularizantes que marginalizam sua confessionalidade.

O que é Pedagogia Cristã?

Uma pedagogia que se julgue cristã opera necessariamente a partir de pressupostos teológicos, e por consequência, filosóficos que façam jus à sua teologia. Uma pedagogia cristã deve constantemente articular temas filosóficos e teológicos de modo a municiar as diferentes demandas da prática formativa cristã. Além disso, é importante considerar que o próprio cristianismo detém uma vasta e rica tradição pedagógica com origem justamente da interface entre sua compreensão tradicional e canônica sobre Deus e as reflexões filosóficas daí derivadas.